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Micro e pequenas indústrias temem falta de crédito

Marli Moreira Os micro e pequenos empresários da indústria manifestaram hoje (7) no 3º Congresso da Micro e Pequena Indústria preocupação com a possibilidade de a crise financeira provocar uma diminuição das linhas de crédito no Brasil. As micro e pequenas empresas, em geral, são responsáveis pela geração de 60% de emprego, têm 20% de participação na formação do Produto Interno Bruto (PIB) e somam 98% do total de companhias existentes no país, segundo dados do Serviço de Apoio à Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP). O presidente do órgão, Fábio Meirelles, defendeu a necessidade do fortalecimento do setor. “Não é possível adotar uma posição contrária ao do desenvolvimento que temos mantido nos últimos anos, o que nos permitiu um salto de crescimento no Brasil”, salientou. O diretor do Departamento da Micro e Pequena Indústria da Fiesp, Milton Bógus, dsse que vem acompanhando os desdobramentos da crise financeira com preocupação. Ele destacou que um dos fatores que chama a atenção é o impacto sobre o câmbio, que ontem (6) chegou a atingir uma valorização de mais de 7% sobre o real, cotado no fechamento dos negócios a R$ 2,20. Esse aumento, segundo ele, tem sido provocado pela fuga de muitos investidores para a moeda norte-americana como forma de uma proteção contra as oscilações de queda do mercado acionário. Bógus acredita que para o setor das micro e pequenas empresas a valorização cambial poderá até ser benéfica, já que pode segurar a concorrência com os produtos importados. Ele disse, porém, que “uma cotação sob equilíbrio” é o ideal para o setor, levando em consideração que em algumas atividades das micro e pequenas também há a dependência de insumos comprados no exterior. O empresário Carlos Bittencourt, da Triátlon, que atua na oferta de serviços de qualidade de vida às empresas e no fornecimento de materiais esportivos, disse que em seus negócios já há sinais que configuram um receio na tomada de decisões pelos clientes, na maioria grandes empresas. “O momento é de expectativa porque não sabemos até que ponto essa crise vai impactar nossos negócios”, disse. Segundo o empresário, por conta das incertezas, seis grandes clientes adiaram a assinatura de contratos na prestação de serviços, sendo dois americanos, um francês, um alemão e dois japoneses.
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